sexta-feira, 31 de julho de 2009

Para a vida dar certo...

Quando o mundo está confuso,
e se torna impossível pensarmos por nós próprios
é que a vida mostra o quanto vale o amor.
Amor que não foi feito por beijos, nem juras, nem palavras doces.
Amor esse que foi criado no conhecer, no respeitar, no fazer-se feliz.
É o amor puro, àquele que tanto se procura em outra parte...
É o amor da amizade.
Daquele que entende que é preciso se fazer presente,
ajudar a desfazer os nós que os pensmentos criaram.
E esse anjoamigo não faz milagres.
Ela só se faz...
Ela só está.
E mesmo que as circunstâncias nos levem a querer desistir
Ela tá aqui, do lado, com um caminhão de luz azul
e bons pensamentos, recheados de sorrisos.

E é aí que a gente se dá conta do valor que tem,
é aí que dá pra ver que o que a gente dá não é em vão.
E é assim que a gente percebe o que diferencia pessoas essenciais
daquelas que não o são.

Da série de coisas que realmente importam: estar perto de quem nos ama.
Nesse momento, é tudo.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Vida a cores

Até que enfim brilhou um colorido por aqui.
Dia amarelo, esquentou de cores
olhosmãosbocaalmaepalavras.
Pensamentos já parecem saber onde ir.
Amarelosol em todo ceúazul se faz
E realmente, não é tudo tão difícil assim.
Mas fácil, não há de ser.
Mas talvez se tenha leveza e, principalmente, certezas.
O que se tem, não se perde.
Agora já está tudo mais cor, sem cinzas.
Nesses dias sem cores, fica complicado até de saber o quê procurar.
Mas aí a alma volta pro corpo, e chega sorrindo,
como se tivesse sumido por tanto tempo...
A casa se faz de festa
e o sol, entrando de mansinho, devagar procura peças, espaços
procura mesmo é por nós
e de mansinho, iluminando o sorriso que se apagou no cinza
mostra que a vida é bem mais bonita com cores.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Há um momento em que nada que se diga vá mudar os acontecimentos.
As frases soltas já estão lá,
as palavras fortes já se juntaram aos pensamentos.
Não há como arrancar com as mãos.
Pedir para entender é o que se faz,
mas sabe-se que não há entendimento.
Já foi ouvido, já foi pensado, lembrado...
já machucou...
E assim, sem querer
com palavras desequilibradas
afastamos ainda mais o nosso querer
levamos pra mais longe
o que se queria tão perto...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

E viveram felizes para sempre...

Sempre acreditei em histórias de Príncipe, acho que já escrevi algo sobre isso aqui nesse blog.
Lembro que quando pequena, assistia encantada a histórias de Princesas e seus viveram felizes para sempre.
Na verdade até hoje entro em estado de encantamento, canto as músicas, giro pela sala como se também tivesse um vestido encantado e bufante.
Claro que a gente cresce e aprende com a vida dando na cara.
Aprende que o príncie não vem, que no máximo a abóbora vira um excelente consomé para as noites de frio (nada de carruagens), que fadas-madrinhas são as amigas que nos aguentam na hora do aperto.
É, a gente aprende.
Mas no fundinho ainda acredita que o Príncipe vem.
Antes de dormir a gente idealiza, mas no máximo vem o Hugh em sonho.
O que até já nos basta, se levarmos em conta que acordamos sorridente.

Lembrei de uma conversa que tive com minhas sobrinhas.
A Lila Cululida com seus 4 anos e a Rafinha com seus 6.
Asssistindo à Cinderela (aliás, meu desenho mais que preferido), obviamente eu estava muito mais emocionada que as pimpolhas.
A Rafinha, vendo que a tia começava a chorar com o beijo apaixonado e principeso, olhou pra mim bem séria e perguntou:
- ô tia, tu não acredita em príncipe né??!!
- Ué Rafa, tu não acredita?
- Claro que não né! É óbnvio que isso de príncipe não existe.
Comecei a rir e no auge da minha esperteza disse:
- Ah pára Rafinha, eu acho que existe príncipe sim! e um dia vai aparecer um príncipe bem lindo pra tia.
Rafaela, do auge dos seus seis anos, olha-me com um olhar de desprezo e larga a pérola:
- Coitada de ti vai esperar até ficar velha e solteira.
OK, nada como um soquinho no estômago de uma criança que ainda não sabe nada da vida.
Lila, que até o momento acompanhava a conversa com um olhar preocupado, esperou a mana sair da sala e veio para meu colo, sussurrando no meu ouvido, como em segredo...
- Dinda, eu acredito em príncipe também...
Naquele momento, vendo o brilho que os olhos dela carregavam, até eu reacreditei em Príncipe, reacreditei em "viveram felizes para sempre"...
Por alguns bons anos a Lila vai carregar esse brilho e essa certeza dentro dela. Esse acreditar.
Quem sabe realmente o Príncipe não chega pra ela?

Das temperaturas...

Faz 7°C na rua
aqui dentro certamente a friaca tá no 0°C...
A 1ª noite é sempre a pior, e pelo jeito, a mais fria também, do ano e dos últimos tempos.
É aquela em que se pensa em tudo o que foi dito, vivido, prometido, amado, doado...
É a noite dos pensamentos profundos, do peito que não sabe se leva ar pro corpo, pra esquentar o sangue já tão devagar, ou se junta às lágrimas, inchando olhos, ouvidos, boca e alma...
É aquela noite que o frio corta, que mantem acordada, que o vento insiste em bater na janela, se fazer por lá.
A noite em que milhões de textos são criados, nenhum publicado.
Quando se pensa alto e repetidamente sobre o começar, sobre o relutar no iniciar.
Claro que se pensa também no quanto se fez feliz.
E estranhamente, mais se fez sorrisos.
E assim sendo, conforta um pouco saber que não vira mágoa...
Claro que o querer que o mundo pare, que pare logo a dor... sempre se quer, se deseja.
Mas né...
É pra isso que o vento bate na janela, pra dizer que a vida não para.

"Nothing's gonna change my world..."

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Não se afobe não, que nada é pra já...

Sempre achei que há um Chico pra cada momento, principalmente os mais delicados, os mais à flor da pele.

Nesse caso... é todo sentiento.



Todo o Sentimento


Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente.
Preciso conduzir
Um tempo de te amar,
Te amando devagar e urgentemente.

Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez,
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez.

Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente...
Prefiro, então, partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente.

Depois de te perder,
Te encontro, com certeza,
Talvez num tempo da delicadeza,
Onde não diremos nada;
Nada aconteceu.
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.


do Chico, sempre do Chico...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Vendo o JN

Assistindo ao Jornal Nacional, muito bem apresentando pelo casal discreto, a matéria divulgada hoje no Estadão me chamou a atenção.
No jornal, foi revelado o apoio a projetos de incentivo à cultura da Fundação Sarney pela Petrobras.
O apoio amigo foi de R$1,3 milhão.
Okei...
Mas...
Quê que investiram de cultura?
Olha, a grana toda foi transferida pra empresas Sarney's.
Si si, negocinhos da família.

Pois bem, o que me choca, além do Sarney ainda estar lá, é o modo como esta lei está sendo aplicada.
A Lei Rouanet foi criada em 1991 com intuito de beneficiar incentivos a empresas e pessoas físicas que desejam financiar projetos culturais.

A lei permite deduzir do imposto de renda de 60% a 100% do valor investido em um projeto cultural, de acordo com o enquadramento.

Mas...
sabe o que me incomoda?
A empresa da Ivete Sangalo (sim! sim! a Ivete Sangalo) captou em 2008 R$ 1.950.650,84 (um milhão novecentos e cinqüenta mil seiscentos e cinqüenta reais e oitenta e quatro centavos o.O ).
Os shows de divulgação do último cd do Caetano Veloso, Zii e Zie, também tiveram um apoio amigo da galera bacana lá da Rouanet...
R$2 milhões pra bancar a turnê.
Mas que legal... Aí se pensa, "ok, o show tem apoio, incentivo cultural, pra entrar é baratinho..."



NOT!!!


Os ingressos desses artistas custam em torno de R$80 e R$100.


Olha, penso que estes dois artistas aqui citados conseguiriam arrecadar este dinheiro somente com patrocínios, sem necessitar desse incentivo federal.
Éééé amigo...

pararátimbum

do Chico...

"Com o tempo aprendi que o ciúme é um sentimento para proclamar de peito aberto, no instante mesmo de sua origem. Porque ao nascer, ele é realmente um sentimento cortês, deve ser logo oferecido à mulher como uma rosa. Senão, no instante seguinte ele se fecha em repolho, e dentro dele todo mal fermenta. O ciúme é então a espécie mais introvertida das invejas, e mordendo-se todo, põe nos outros a culpa de sua feiura. Sabendo-se desprezível, apresenta-se com nomes supostos, e como exemplo cito a minha pobre avó, que conhecia seu ciúme como reumatismo."

(pgs. 61-62,"Leite Derramado", Chico Buarque, Cia das Letras.)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

in my world

Quando tudo está bem, simplesmente está.
Não há dúvidas, nem por ques...
As coisas estão aonde deveriam estar.
Mas quando não há
tanta alegria e querer
por mais que o sorriso tente nascer
há de se escutar
e entender
e desfazer
qualquer desentendido
que mal
possa fazer.
É preciso respirar
eu sei
fundo.
É preciso acreditar
demais
que dá...
certo?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

É possível a mente sofrer um bloqueio devido a excesso de informações?
Sim, é.

É possível trabalhar quatro anos sem nunca ter tirado mais de quinze dias de descanso?
Sim, é.

É possível perder-se completamente, sentimentos, desejos, quereres e prioridades em meio a tantas interrogações?
Sim, é.

É possível que se desaponte, que desanime, que se faça descrente.
Sim, é possível.

É possível que tudo mude, somente com um pensamento? Que tudo deixe de ser tão difícil e torne-se problemas de infância?
Não, não é possível.

Mas é possível colocar caleidoscópios nos olhos, e girá-los de acordo com os contratempos, criando novas visões, novas imagens.
É possível nem tudo ser tão ruim, nem tão difícil.

É possível tirarmos mais força e paciência de nós mesmos, mais do que aquilo que sempre pensamos ser capazes.
sim, é possível.