segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A verdade é que agora sim, o caminho já não é tão escuro.
A verdade é que há tanto o que se ver agora, tanto o que se pensar
que a alma se refez... Se apaixonou de novo pela minha vida
A real é que não há um outro lugar onde a gente deva estar que não seja aquele onde a gente deva estar (ouuuuu bitoussss)
E é, não é das coisas mais fáceis botar a cabeça no lugar.
Mas com jeitinho sempre dá certo.
Hoje é segunda e eu já não tenho tantas dúvidas.
Acordei com bem mais certezas nesse amanhecer ensolarado.
Despertei sem mais tristezas.
Minha confusão chegou num ponto que agora eu consigo entender.
Eu me acho por aqui...


"Não tenho nada a oferecer a ninguém, a não ser minha própria confusão"
J. Kerouac

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Por isso uma força estranha...

Estava a três passos da minha parada, pronta para o ônibus de sempre, quando algo me fez pensar: vou pegar outro bus.
Mudei meu rumo, minha rota, caminhei por ruas que a falta de tempo já não me permitia.
Mudei o motorista e logo depois descobri também que mudei muito mais que só o ônibus.

Cheguei na faculdade até mais cedo, a BR se mostrava tranquila, nem chuvia mais.
Cheguei na faculdade e logo fiquei sabendo...
O meu ônibus de sempre, com o motorista de sempre, havia se acidentado.
Um caminhão bateu na traseira que arrastou o ônibus até a traseira de uma van e assim foi.
Felizmente nenhuma morte.

Na volta, na mesma linha que se acidentou, os olhos atentos na estrada, as pernas tensas, grudadas ao chão, como se em estado de alerta.
Aquela chuva branca, que não se vê nenhum palmo à frente.
Entre milhares de coisas que passavam na minha cabeça, a mais forte era: minha mãe.

Quando algo assim acontece, e quando a gente percebe que algo ou alguém é que nos tira dessas ruins, a gente se dá conta dos bens que tem por perto.

Cheguei em casa e liguei pra mamãe, acho que não conseguiria dormir sem poder falar "mãe, te amo".

A perna ainda tá tensionada, mas o coração agora tá mais tranquilo.


Essa BR hein...


Ei, força estranha, obrigada =D

terça-feira, 18 de agosto de 2009

A BR

A real é que essa maldita BR me traz mais lembranças do que eu gostaria de ter.
Não há livro que resolva, música que acalme...
Tem um grito preso aqui dentro de mim.
Tem uma saudade que tá machucando demais,
saudade daquilo que passou,
saudade do que não foi entendido.
E é uma saudade que vem na hora do sorriso, como se só pra dar aquela pontada, pra dizer que ainda tá ali.
Eu sei, dor, te vejo todo dia, no cantinho do meu olho,
te encontro no meu sorriso que não se fez.
Te sinto quando todo o resto deixa de sentir.
Talvez seja culpa da chuva, que traz no cheiro milhares de frases
talvez...

pois bem... confusão mental.


"que o que você demora é o que o tempo leva..."

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Das coisas que não se entende...

Paula nunca havia se apaixonado.
24 anos e nenhuma lágrima havia sido demarrada por homem nenhum.
Acredito que de tanto ter amigas chorando no seu ombro, crescendo desiludidas com aqueles romances de adolescente
Paula cresceu sem se apaixonar.
Sempre tão dedicada ao trabalho, aos amigos.
Então Paula encontrou alguém.
E as amigas depositaram todas as suas esperanças frustradas naquele início de romance.
E houve romance.
Houve paixão, segredos, beijos, houve uma felicidade extrema.
E houve aquela noite.
Era domingo, mas poderia ser qualquer outro dia.
Fatidicamente era um domingo.
Depois de mais de um ano, era mais um domingo, mas um domingo que não se viram.
Foi então que Paula sentiu, pela primeira vez na vida, algo que não sabia explicar.
Era a vontade de ver, uma saudade tão grande que foi entrando por todo o corpo, correndo por todo seu sangue.
Paula se encheu de alegria, e procurou aquilo que lhe fazia bem.
Paula lhe contou o que sentia, com a ingenuidade que só uma mulher apaixonada tem.
E foi aí que aconteceu...
Foi então que Paula percebeu a situação que se encontrava.
Já havia visto essa cena, lembrava das amigas dizendo "aí ele diz que não quer mais..."
Paula sabia o que devia fazer quando estava do lado de fora, mas agora era com ela, e ela se sentia tão só.
Onde estava o colo que sempre aparecia?
Paula se sentia no chão...
24 anos para descobrir que dói assim?
Paula respirou, lembrou das piadas que contava para as amigas rirem, para esquecerem a dor que mais dói.
Agora sim ela entendia por que o choro era tão doído, porque o sorriso demorava pra voltar pro rosto...