quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Por isso uma força estranha...

Estava a três passos da minha parada, pronta para o ônibus de sempre, quando algo me fez pensar: vou pegar outro bus.
Mudei meu rumo, minha rota, caminhei por ruas que a falta de tempo já não me permitia.
Mudei o motorista e logo depois descobri também que mudei muito mais que só o ônibus.

Cheguei na faculdade até mais cedo, a BR se mostrava tranquila, nem chuvia mais.
Cheguei na faculdade e logo fiquei sabendo...
O meu ônibus de sempre, com o motorista de sempre, havia se acidentado.
Um caminhão bateu na traseira que arrastou o ônibus até a traseira de uma van e assim foi.
Felizmente nenhuma morte.

Na volta, na mesma linha que se acidentou, os olhos atentos na estrada, as pernas tensas, grudadas ao chão, como se em estado de alerta.
Aquela chuva branca, que não se vê nenhum palmo à frente.
Entre milhares de coisas que passavam na minha cabeça, a mais forte era: minha mãe.

Quando algo assim acontece, e quando a gente percebe que algo ou alguém é que nos tira dessas ruins, a gente se dá conta dos bens que tem por perto.

Cheguei em casa e liguei pra mamãe, acho que não conseguiria dormir sem poder falar "mãe, te amo".

A perna ainda tá tensionada, mas o coração agora tá mais tranquilo.


Essa BR hein...


Ei, força estranha, obrigada =D