segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Das coisas que não se entende...

Paula nunca havia se apaixonado.
24 anos e nenhuma lágrima havia sido demarrada por homem nenhum.
Acredito que de tanto ter amigas chorando no seu ombro, crescendo desiludidas com aqueles romances de adolescente
Paula cresceu sem se apaixonar.
Sempre tão dedicada ao trabalho, aos amigos.
Então Paula encontrou alguém.
E as amigas depositaram todas as suas esperanças frustradas naquele início de romance.
E houve romance.
Houve paixão, segredos, beijos, houve uma felicidade extrema.
E houve aquela noite.
Era domingo, mas poderia ser qualquer outro dia.
Fatidicamente era um domingo.
Depois de mais de um ano, era mais um domingo, mas um domingo que não se viram.
Foi então que Paula sentiu, pela primeira vez na vida, algo que não sabia explicar.
Era a vontade de ver, uma saudade tão grande que foi entrando por todo o corpo, correndo por todo seu sangue.
Paula se encheu de alegria, e procurou aquilo que lhe fazia bem.
Paula lhe contou o que sentia, com a ingenuidade que só uma mulher apaixonada tem.
E foi aí que aconteceu...
Foi então que Paula percebeu a situação que se encontrava.
Já havia visto essa cena, lembrava das amigas dizendo "aí ele diz que não quer mais..."
Paula sabia o que devia fazer quando estava do lado de fora, mas agora era com ela, e ela se sentia tão só.
Onde estava o colo que sempre aparecia?
Paula se sentia no chão...
24 anos para descobrir que dói assim?
Paula respirou, lembrou das piadas que contava para as amigas rirem, para esquecerem a dor que mais dói.
Agora sim ela entendia por que o choro era tão doído, porque o sorriso demorava pra voltar pro rosto...