quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Refletindo Galeano

Caminhando em meio a livros, sem ter em mente o quer ser lido, procurando entre títulos algum que mereça ir para casa comigo, O Livro dos Abraços cai no meu colo, como que pedindo "releia-me".
Abraçamo-nos como saudosistas, como palavras que encontram quem lhes dê sentido.
Reencontramo-nos.

O Mundo
" Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus.
Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.
- O mundo é isso. - revelou -. Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores.
Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo."

----------------------

Celebração da voz humana/2

"Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontraquem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos, temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada."

---------------

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Say what you need to say

Minha mãe sempre foi pra mim a mais sábia das sábias mulheres.
Temos uma ligação que não é desse mundo.
Não sei é por eu ser a última das filhas,
a que não queria sair da barriga e teve que ser tirada à força...
Talvez seja por que somos do mesmo signo...
O que importa é que mamãe me reconhece sem olhar, sem falar, sem nem mesmo me ver respirar.
Ela sempre sabe o que se passa comigo.
E foi mamãe quem me disse "filha, problemas existem pra ser discutidos, senão eles seguem sendo problemas".
E foi assim então que decidi começar a dar um fim nos meus problemas.
E o que eu fiz?
Eu falei sobre eles.
Falei às pessoas que interessavam.

E sim, tô tão tranquila, tão certa.
Eu falei tudo o que deveria ser dito, não sei se falei certo, se foi errado, mas falei. E tranquilizei meu coração, como ele mesmo me pedia, há tempos.
Não tenho do que me arrepender, não corro o risco de ouvir "mas porque tu nunca tinha me dito isso antes?".
Taí, me expus a quem interessava.
Me sinto numa música do Los Hermanos "numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê"

Essa segunda começou colorida, mesmo com a chuvacinza que caía sobre a capital.

Pra marcar bem essa nova fase, só John Mayer cantarolando


Say
John Mayer

Take all of your wasted honor.
Every little past frustration.
Take all of your so called problems,
Better put 'em in quotations.

Say what you need to say

Walkin' like a one man army,
Fightin' with the shadows in your head.
Livin' up the same old moment
Knowin' you'd be better off instead

If you could only...Say what you need to say

Have no fear for givin' in.
Have no fear for giving over.
You better know that in the end
It's better to say too much, than never to say what you need to say again.

Even if your hands are shaking,
And your faith is broken.
Even as the eyes are closin',
Do it with a heart wide open.

Wide Heart
Say what you need to say
Say what you need to, Say what you need to...
Say what you need to say.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pensamento da madrugada

Será que um dia vai dar pra cantar de novo "I don't believe in many things but in you I do"?

boanoite

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Time for Changes

Tempo de mudanças,
daquelas de encher malas, levar livros, filmes, cheiros...
Lá vamos nós.
Depois de quatro anos no quase mesmo lugar, aqui vou eu de novo.
É preciso chacoalhar,
é preciso mergulhar profundo,
e quando não se sentir mais o ar,
buscar novamente a superfície.
Respirar.
Começando tudo outra vez.
Porque é preciso mudar,
é preciso a correria,
a pressão,
o acreditar.
Minha mala é feita de sonhos
é recheada de planos.
E são eles que levo comigo.
São eles que me bastam.
A confusão ainda segue,
mas agora ela já sabe pra onde ir.
Ela vai ter sua própria cama.
Agora tenho onde colocar minha confusão.
Há gavetas, espaços,
vazios a preencher.
Sei que esse aqui é o meu lugar,
e talvez seja isso que me faça sair.
Pensar na volta,
sem dúvidas e incertezas.
Pensar na volta,
que vai ser pra ficar.

Mas por enquanto, é retornar.
É voltar pro outro lado do rio.
É maturar.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Diálogos de uma mente só

- Foi...
- Foi?
- É, foi...
- Conta!
- Não foi o que eu esperava...
- Tá... mas foi?
- É, foi.
- E vai ser denovo?
- Ainda não sei, tô digerindo o que foi.
- Mas foi bom ou ruim?
- Ainda não consegui qualificar.
- Se foi ruim nem vai.
- Foi estranho...
- Ixi, estranho pra mim nunca foi sinônimo de elogio.
- Eu sei disso...
- Sabe o que eu não entendo... Porque tu me faz tantas perguntas?
- É que eu gosto de saber.
- Mas tu tava junto!
- É, pode ser, mas é diferente ouvir com a tua voz.
- Porque aí eu pareço louca, é isso?
- Não, acho que eu gosto porque é diferente quando tu me fala, eu mesma me ouço...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Confessionário

Sim, apaixonada.

É essa a palavra que resume tudo.


De uma paixão que hoje nem tá cabendo em mim.
Que fez voltar todas as cores aqui pro corpo,
que me abriu os olhos, me pegou na mão sem medo e disse vai...

Decididamente apaixonada, e mais decidida ainda a não fazer mais esse amor sofrer.
Ixi... já é amor?
É... sempre foi na verdade.
Amor acima de tudo.

Cuidando bem do que eu tenho.

p.s.: Obrigada Vida, daqui pra frente toco eu =]

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A verdade é que chega uma hora que tudo faz falta.
ânimo, vontade, querer...
A rela é que a gente sempre sabe o que falta.
Não é amor, não é outro ali do lado
É algo bem mais simples.
A verdade é que quando acontece,
por mais excelente que não seja,
que o final não seja aquele cheio de êxito...
Foi.
E era só isso que se precisava.
Era o meio o que se buscava.
Tudo vale a pena quando a gente sabe bem o que quer e procura.
Eu ainda não sei bem ao certo que quero e o que procuro.
Mas já sei bem o que NÃO quero.
E é bem provável que por esse motivo o céu comece a se abrir.
Eu sei, eu sei, não é simples assim.
Mas sempre tem de se ter um começo, não?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Volta pro corpo, bem.

A real é que ando me sentindo aos pedaços.
Eu que era tão completa.
Só eu já me bastava.
Pensei que esse "perder-se" não se estenderia tanto assim.
Preciso de uma bússola.
Mais urgente que qualquer outro precisar.
Eu até tentei... Flexibilizar.
Mas não teve jeito.
Acreditei que realmente conversar seria a melhor solução.
Mas e o acreditar?
Como saber se o que se responde é a verdade?
A real é que me sinto com um mar de mentiras rondando meus pensamento.
A verdade é que eu não sei mesmo no que acreditar.
Tô me esforçando ao máximo,
mas já nem vejo cores.

Essa semana começou sem mim.
Tô em corpo, aqui ó, fazendo tudo o que eu fazia automaticamente.

Eu espero, e torço, e rezo, para que realmente tudo se esclareça. Pra que meu pensamento volte pras cores dela.
Tá foda agora. Tá realmente foda.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Citando-lhes Nietzsche

"Odeio quem me rouba a solidão, sem me dar real companhia."




OK, I'm fine.

É só a chuva.


Acordei assim, risonha e límpida.

E mesmo se não acordasse, taí o Vanusator que não nos deixa pra baixo.

Ok, falta pouco, agora falta bem pouco.